Planos distritais de desenvolvimento do quadro associativo são fundamentais para crescermos

Por Victor Caballero, ex-governador do Distrito 4100 (México)

O número de associados no seu distrito está diminuindo e você quer reverter essa tendência, mas não sabe o que fazer. A primeira e melhor ação é elaborar um plano distrital de desenvolvimento do quadro associativo.

Meu distrito estava enfrentando esse tipo de declínio. No final de 2020-21, tínhamos chegado ao ponto mais baixo desde 2014-15. Sabendo que poderíamos melhorar, decidi criar um plano de ação para aumentar o quadro associativo em 2022-23.

Foi difícil, mas, no final do ano, vimos os frutos do nosso trabalho. De 1º de julho de 2022 a 1º de julho de 2023, passamos de 1.098 para 1.305 associados. Isso representa 207 novos integrantes, que se somaram a mais cinco clubes.

Nosso plano de ação tinha inúmeros componentes. Mas meus principais conselhos para os distritos são os seguintes:

Realizar todos os seminários de treinamento com antecedência, nos primeiros três meses do ano rotário.

Organizar as visitas do governador a todos os clubes do distrito durante a primeira metade do ano rotário. Dessa forma, é possível passar a segunda metade do ano monitorando os acordos e compromissos assumidos com cada clube.

Desafiar cada presidente de clube a fazer do aumento do quadro associativo uma prioridade. Peça a eles que se comprometam a deixar seus clubes mais fortes do que o encontraram. Em termos de quadro associativo, isso significa que se o clube tinha 30 integrantes no início da gestão, é importante passá-lo ao próximo presidente com pelo menos 31.

Compartilhar as estatísticas dos clubes com cada um deles e ajudá-los a estabelecer metas que possam ser alcançadas. Descobri que a maioria dos presidentes nem sequer conhecia as estatísticas de seus clubes. Usei uma análise quinquenal de dados para orientá-los quanto às metas que poderiam atingir. Enfatizei que o objetivo não era competir, mas melhorar o desempenho do próprio clube.

Dar o exemplo. Peça a cada presidente que convide um novo associado para integrar o clube e, ao fazê-lo, dê o exemplo aos demais.

Não ter medo de dar baixa em associados que não estejam mais cumprindo seus compromissos ou obrigações com o clube. Antes disso, no entanto, faça uso de todos os recursos para mantê-los. Ao retirar os associados que não estavam mais contribuindo, conseguimos criar um ambiente melhor em alguns dos nossos clubes. Também desafiamos os presidentes a substituir todos aqueles que estavam se desligando do clube por um novo associado.

Envolver todos os associados em projetos. É muito importante que os presidentes de clube envolvam seus associados em serviços humanitários para manter e renovar seu entusiasmo pelo Rotary.

Além do que foi mencionado acima, procuramos restabelecer os clubes em lugares que os haviam perdido. Entramos em contato com ex e atuais rotarianos de cidades que costumavam sediar clubes e nos oferecemos para ajudá-los em sua reativação como clube tradicional ou satélite. Conseguimos reativar cinco clubes, converter um satélite em um clube tradicional e formar nove satélites.

Convidamos mais mulheres a se associar, começando com as esposas dos nossos associados atuais. Nós as incentivamos a formar um clube satélite, caso não pudessem frequentar o clube principal, e a convidar seus amigos e amigas. Dessa forma, conseguimos inaugurar nossos nove novos clubes satélites, com uma forte representação feminina em cada um deles.

Também monitoramos constantemente o progresso de cada clube. As quedas no quadro associativo são típicas em dezembro e junho, mas eu fiz questão de comunicar aos clubes todos os meses as nossas metas e a situação em que nos encontrávamos para mantê-los motivados. Quando ficava sabendo que um clube havia perdido um associado, perguntava no mesmo dia se ele tinha algum candidato à associação. Eu marcava encontros com líderes empresariais e profissionais da comunidade para falar com eles sobre a nossa organização e despertar seu interesse pelo Rotary. Conseguimos substituir um bom número de pessoas que deixaram a organização, por diferentes razões, e continuamos acrescentando mais associados do que perdemos.

Ter um plano distrital de desenvolvimento do quadro associativo, comprometendo-se com ele desde o início e monitorando seu progresso constantemente durante o ano, é a chave para aumentar o quadro associativo e fortalecer os clubes.

Qual é o seu plano distrital de desenvolvimento do quadro associativo? Conte-nos na seção de comentários abaixo e veja mais recursos aqui.

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