Do Rotary à ONU: a trilha de uma bolsista brasileira

Por Luiza Teixeira, especialista em Proteção à Criança do Unicef. Foi participante do intercâmbio de jovens do Rotary e recebeu a Ambassadorial Scholarship for Low Income Countries, com a qual fez mestrado em Direito do Desenvolvimento Internacional e Direitos Humanos na Universidade de Warwick, no Reino Unido.

Luiza Teixeira recebeu a Ambassadorial Scholarship for Low Income Countries

Sempre me senti bastante metódica e organizada. Lembro que aos 10 anos de idade decidi que estudaria Direito quando entrasse na faculdade. Essa decisão veio porque desde então me sentia dotada de um forte senso de justiça, mas também porque sempre gostei muito de ler e escrever.

E, assim, me convenci que a área do Direito era a orientação correta para minha carreira profissional e para me realizar como cidadã. Defini, então, isso como meta e tracei meu caminho para alcançá-la.

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“Algo maior que eu mesmo”

Por Eduardo Rodrigues da Costa, Bolsista Rotary pela Paz de 2010-12; bolsista financiado por Subsídio Global na Universidade de Manitoba, no Canadá.

Fui o primeiro Bolsista Rotary pela Paz proveniente da Amazônia brasileira. A floresta amazônica tem uma série de conflitos relacionados ao desenvolvimento, desmatamento e povos indígenas. Eu estava interessado em como promover a paz e o desenvolvimento sustentável.

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Os voluntários do Peace Corps mudaram minha visão do mundo

Pelo governador eleito Abbas Rajabi, Distrito 5450, EUA

O Peace Corps envia voluntários norte-americanos, normalmente universitários que acabaram de se formar, para viver e trabalhar por dois anos no exterior. O objetivo é ajudar os países anfitriões a atender às necessidades locais e promover a compreensão cultural mútua. Enquanto estão no exterior, os voluntários aprendem o idioma local e trabalham com profissionais da área de educação, saúde, desenvolvimento econômico, meio ambiente, juventude em desenvolvimento e agricultura.

Meu primeiro encontro com o Peace Corps foi quando eu estava no colégio, em meados da década de 60. Diversos voluntários do Peace Corps vieram até a minha cidade natal de Hamadan no Irã para trabalhar como professores nas escolas locais de ensino médio. O impacto disso foi profundo. Foi muito inspirador ver vários jovens trabalhando em conjunto para ensinar inglês em diferentes escolas por toda a cidade. Mais do que isso, ver as diferenças culturais foi algo que abriu os olhos de todos nós, jovens iranianos.

Sem dúvida, aqueles voluntários do Peace Corps que serviram no Irã conhecem melhor o país do que talvez qualquer outra pessoa que apenas tenha passado por lá. Aqueles de nós que tiveram a oportunidade de aprender com esses professores entendem os Estados Unidos melhor do que outras pessoas de Hamadan. Esse intercâmbio cultural nos ajudou tanto a aprender sobre o outro, como a promover a paz e a boa vontade.

Entre 1962 e 1976, mais de 1500 voluntários do Peace Corps serviram no Irã. Muitos deles fizeram amizades duradouras com os iranianos e voltaram para os Estados Unidos com uma melhor compreensão cultural do Irã. O impacto cultural e as amizades entre iranianos e americanos são muito mais profundos do que a maioria das pessoas vai um dia entender.

Tenho conexões muito profundas com meu local de nascimento no Irã, mas agora vivo nos Estados Unidos. Aprendi a amar meu novo país e o Peace Corps foi o primeiro a moldar meu ponto de vista sobre esse país e as pessoas que vivem aqui.

Recentemente, procurei me reconectar com meu professor do Peace Corps, o Sr. Don Laffoon. Depois de muitas tentativas de ligações e de escrever para diversos voluntários do Peace Corps, finalmente encontrei meu antigo professor na Califórnia. Liguei para o número de telefone que tinha encontrado e o Sr. Laffoon atendeu o telefone. Por instantes, fiquei nostálgico e emocionado por ouvir uma voz tão familiar depois de quase 50 anos.

“Olá, quem é?”, perguntou o Sr. Lafffoon. Respondi: “Aqui é Abbas Rajabi. Fui seu aluno em Hamadan e gostaria de dizer que sou grato por tudo o que você me ensinou”.

Ele ficou muito feliz por ter notícias minhas e relembramos aquela época, outros colegas e professores e a cidade de Hamadan. Conversamos por um tempo e prometemos continuar em contato. Foi muito gratificante poder contar ao Sr. Lafffoon sobre o impacto que ele causou na minha vida.

Através de uma parceria de serviço formalizada, o Rotary International e o Peace Corps estão trabalhando juntos para ajudar a melhorar as atividades de serviço de clubes e distritos localmente e em todo o mundo. Espero aprofundar ainda mais essa parceria, ajudando a conectar rotarianos com os voluntários locais do Peace Corps que vivem e trabalham em suas comunidades, e ajudando os clubes dos EUA a se conectar com voluntários regressados do Peace Corps. Cada distrito rotário, todos os voluntários do Peace Corps em todo o mundo e, o mais importante, as pessoas que servimos através da nossa comunidade e de projetos humanitários internacionais podem se beneficiar imensamente com essa parceria.

Queremos saber mais sobre rotarianos que tiveram experiências trabalhando com o Peace Corps! Você já serviu como voluntário do Peace Corps ou trabalhou com o Peace Corps em outras funções? Preencha essa pesquisa. Isso não deve levar mais de dez minutos e todas as respostas são confidenciais. Se tiver dúvidas, escreva para o e-mail rotary.service@rotary.org.

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Como aceitar e celebrar as nossas diferenças

Por Azka Asif, Departamento de Engajamento e Serviços do Rotary

O Rotary é formado por uma rede global de voluntários de diversas origens, culturas e profissões. Aceitamos e celebramos as nossas diferenças porque são elas que fortalecem a nossa organização. Com perspectivas diferenciadas e a vasta experiência dos nossos associados, podemos trabalhar para sanar grandes desafios humanitários, sobretudo no que diz respeito à criação de um mundo mais pacífico.

A família rotária está comprometida com essa causa, investindo tempo, energia e entusiasmo para ajudar comunidades locais e internacionais. Por meio de projetos sociais, bolsas de estudo, Bolsas Rotary pela Paz e intercâmbios internacionais, os associados entram em ação para promover a paz e a compreensão internacional. Veja a seguir alguns exemplos de como os rotarianos estão atuando nessa área:

  • O Rotary Club de Marikina, nas Filipinas, organizou um fórum para trocar ideias sobre maneiras de contribuir a um mundo mais pacífico. Os Rotary Clubs participaram do evento compartilhando ideias para o alcance da paz global por meio dos serviços humanitários do Rotary.
  • Nos Estados Unidos, o Rotary Club de Branchburg Township organizou um jantar ecumênico e programa de prêmios pela diversidade. O clube homenageou indivíduos, empresas e organizações comunitárias que abraçam a paz e enaltecem os valores de civilidade, consciência global e comunitária. O programa reuniu líderes comunitários e a família rotária na promoção da paz, compreensão e boa vontade.

  • Os Rotary Clubs de Radolfzell-Hegau, na Alemanha, e Istanbul Sisli, na Turquia, fizeram parceria em um intercâmbio estudantil com universitários interessados em música, visando facilitar a compreensão internacional e intercultural. Os alunos estudaram a língua internacional da música e discutiram aspectos de seus respectivos países e culturas durante o intercâmbio, abrindo pontes unificadoras para forjar novas amizades.
  • O Rotary Club de Bursa-Uludag quer impedir que 500 crianças desfavorecidas residentes em um dos bairros mais empobrecidos da Turquia se envolvam em criminalidade, proporcionando a elas a oportunidade de desenvolverem os seus talentos musicais. O clube pretende instalar um centro de música e oferecer instrumentos a cada criança. Ser membro desta comunidade musical certamente despertará nas crianças a vontade de pertencer a algo importante, aumentando o respeito e a autoconfiança nos pequenos.

  • Na Índia, o Rotary Club de Mussoorie promoveu uma palestra sobre meditação, discutindo o conceito básico e os benefícios potenciais deste método para as pessoas que sofrem de estresse mental e físico causado por um cotidiano agitado.

Fevereiro é o mês do Rotary dedicado à paz e resolução de conflitos, sendo este o momento ideal para promovermos a paz em âmbito global. Leia mais histórias sobre o assunto e não se esqueça de divulgar projetos do seu clube no Rotary Showcase e de participar dos grupos de discussão do Meu Rotary. Deixe seu comentário sobre paz e resolução de conflitos abaixo!

Associados do Rotary se empenham em criar um mundo pacífico

Azka Asif, Departamento de Programas do RI

Atualmente, milhões de pessoas em todo o mundo são deslocadas por conflitos armados ou perseguição. Noventa por cento vítimas de tais conflitos são civis, e metade delas são crianças. Por meio de projetos e programas rotários, estamos comprometidos a trabalhar para resolver as causas de conflitos, como pobreza, desigualdade, tensão étnica, falta de acesso à educação e distribuição desigual de recursos.

Os rotarianos treinam adultos e jovens para prevenir e mediar conflitos, assim como para ajudar refugiados. Em fevereiro, Mês da Paz e Prevenção/Resolução de Conflitos no Rotary, estamos comemorando nosso compromisso com a paz. Veja a seguir alguns exemplos de como nossos associados estão trabalhando para criar um mundo mais pacífico:

  • Todo ano, rotarianos do Distrito 5100 se envolvem com o Cyprus Friendship Program (CFP), que une muçulmanos que falam turco e cristãos que falam grego no Chipre. Em 1974, estas comunidades foram separadas por uma linha divisória das Nações Unidas (conhecida como “linha verde”). O CFP é um programa de treinamento e promoção da paz com duração de um ano, que oferece intercâmbio cultural de quatro semanas nos Estados Unidos. Através de amizades interculturais, os participantes desenvolvem o respeito mútuo, acabando com a desconfiança e os estereótipos gerados pela história. Ao retornar para Chipre, os jovens incentivam suas comunidades a abraçarem a ideia de ter cipriotas de língua grega e turca vivendo juntos pacificamente.
  • say noPara criar um ambiente receptivo aos refugiados que seguem para a Alemanha, o projeto do Rotary Club de Altenburg’s Weltcafé (World Café) visa uni-los à comunidade. O café oferece um espaço para rotarianos, rotaractianos e membros da comunidade conhecerem os refugiados enquanto fazem tricô, cantam, dançam ou os ajudam a encontrar emprego. Um advogado e assistente social prestam serviços gratuitos aos refugiados participantes.
  • O Rotary Club de Abuja Kubwa, na Nigéria, visou aumentar a conscientização comunitária sobre a violência antes, durante e após as eleições. Eles distribuíram panfletos para promover a importância da paz durante o período eleitoral, fazendo um apelo para os moradores seguirem as regras ao tentar conquistar votos.
  • Day-4_RotaractMUN-007-1024x683[1]Rotaract MUN é uma Conferência Global de Modelos das Nações Unidas aberta a jovens de todo o mundo. Criado pelo Rotaract Club de Baia Mare, na Romênia, o evento é realizado a cada ano em uma cidade e por um Rotaract Club diferente. A conferência tem como objetivo aumentar a conscientização, compreensão, tolerância e aceitação de diferentes povos, culturas, crenças e comportamentos.

Durante todo o mês de fevereiro, incentive os associados a conferirem aqui no blog dicas, recursos e histórias de sucesso para planejarem projetos na área de paz e resolução de conflitos. Participe da conversa deixando seu comentário abaixo ou divulgando as iniciativas pró-paz do seu clube no Rotary Showcase.