
Em 24 de fevereiro de 2022, no dia seguinte à comemoração do 117º aniversário do Rotary International, a Rússia invadiu a Ucrânia. A guerra subsequente forçou mais de 12 milhões de pessoas a fugirem de suas casas – mais de cinco milhões delas se deslocaram para os países vizinhos. Grande parte dos refugiados dependem de ajuda humanitária.
Seul fica longe de Kiev, e a Coreia do Sul não foi diretamente exposta às consequências da guerra. Entretanto, a crise nos lembrou da Guerra da Coreia, no início dos anos 50, que deixou de três a quatro milhões de civis mortos, feridos ou desaparecidos. Nosso país foi destruído.
Depois da guerra, muitas nações prestaram auxílio à Coreia do Sul. A Associação Internacional para o Desenvolvimento, o fundo do Banco Mundial para os países mais pobres, forneceu milhões de dólares para ajudar na construção de ferrovias, rodovias, sistemas de irrigação, escolas e universidades. O país conseguiu se erguer novamente porque nossos amigos plantaram sementes de esperança em um lugar onde não havia nada. Ao longo das últimas seis décadas, graças ao apoio da comunidade internacional, a Coreia do Sul foi capaz de se transformar, passando de receptora para prestadora de ajuda internacional.

Assim, quando ouvi falar da terrível situação na Ucrânia, senti que estava na hora de retribuirmos. Eu queria levar ao povo ucraniano a mesma esperança que os coreanos receberam 72 anos atrás.
Por isso, neste verão fui à Polônia ajudar os refugiados ucranianos. Mais especificamente, esperava dar suporte aos associados do Rotary que estão no país atuando na linha de frente dos esforços de assistência.

Como ex-governador, muitos companheiros do Distrito 3750 me acompanharam. Enquanto estávamos arrecadando fundos, nós nos comunicamos por e-mail com os associados do Rotary na Polônia – país que já acolheu quase dois milhões de refugiados ucranianos. Arrecadamos mais de US$ 20.000. Seis associados do nosso distrito viajaram comigo para a Polônia, onde nos reunimos com outros rotarianos e vimos como eles abriram suas casas e ofereceram diferentes tipos de assistência aos refugiados ucranianos para se estabelecerem e viverem no país. Foi uma experiência inesquecível!
-YOUNG-JOUNG YUN
Artigo publicado na edição de agosto de 2022 da revista Rotary Korea.