Por Sofia Brega, ativadora da Paz Positiva do Rotary e associada do Rotaract Club de Juárez Centro, Chihuahua, México.
Tendo crescido em Ciudad Juárez, no México, sempre soube que queria trabalhar no empoderamento de meninas e com os direitos das mulheres. Queria ser uma ativista pelos direitos das mulheres, então decidi trabalhar com a Girl Up, uma organização que trabalha para promover oportunidades para que as meninas sejam líderes. Se trata de uma iniciativa baseada em um clube que apoia projetos centrados nos direitos das mulheres e conscientiza sobre os desafios atuais das mulheres no México e em outros lugares.

Pouco depois de envolver-me com essa organização, fundei um clube Girl Up em Ciudad Juárez: Girl Up Fronterizas. Quem diria que tudo o que precisava era uma busca no Google e um grupo de mulheres com aspirações que estava comprometidas com o empoderamento de meninas.
Alguns meses mais tarde, fiquei sabendo que o Rotary e o Instituto para Economia e Paz (IEP) estavam organizando um workshop de Paz Positiva no México. Depois de assistir ao workshop e uma posterior capacitação para instrutores, fui aceita no programa de Ativadores da Paz Positiva do Rotary e me pus no caminho para me tonar uma Ativadora da Paz Positiva do Rotary. Eu não tinha ideia do impacto que isto teria em meus objetivos, em meu trabalho com a Girl Up, e na forma como eu via os temas de empoderamento de meninas e os diretos das mulheres.
Mudança de Perspectiva
Mesmo sendo uma ativista comprometida com os direitos das mulheres, foi somente quando assisti ao workshop que me dei conta de que todo meu discurso partia de uma perspectiva equivocada. Eu estava focando na violência e no conflito, quando, na verdade, eu deveria ter falado da Paz Positiva e de como meu trabalho para empoderar as meninas apoia esse conceito.
Como resultado do workshop, eu fundei o grupo Ativadores da Paz Ciudad Juárez, um grupo que forma outros agentes de mudança e desenvolve conteúdos sobre a Paz Positiva para escolas. Utilizando a metodologia do IEP, o grupo também explora a possibilidade de criar indicadores que visem a Paz Positiva em nossas comunidades em nível municipal.
Agora, já tive a oportunidade de compartilhar minhas experiências e conhecimentos em mais de 10 fóruns, conferências e eventos de formação. Uma vez, enquanto trabalhava em um centro de acolhida para mulheres, uma adolescente se aproximou de mim e me disse com orgulho:
“Outro dia, estive a ponto de me irritar com uma garota daqui (do albergue), mas então me lembrei do que você disse, de tentar expressar meus sentimentos de forma mais pacífica”.
A paz e o gênero
Meu objetivo profissional é muito claro: depois de minhas experiências de trabalho com a Paz Positiva, quero me tornar uma autoridade intelectual nos temas de paz e gênero, e ser consultora na elaboração e avaliação de políticas públicas. Como associada do Rotaract, e com somente 21 anos, me esforço para dar meu grão de areia para alcançar uma mudança social sustentável e duradoura.
Há milhares de associados do Rotaract que, como eu, querem que o tema do empoderamento de meninas seja o centro das atenções. Como associada do Rotaract, e como futura associada do Rotary, quero devolver ao Rotary os conhecimentos, a energia e as experiências que adquiri trabalhando com o tema de empoderamento de meninas e da Paz Positiva.
Seu depoimento, companheira Sofia, é enviado a futuras integrantes do Rotaract Club do Rio de Janeiro – Tijuca Brownsea, em formação, no Distrito 4571, composto por Escoteiras e Escoteiros do 87º Grupo de Escoteiros do Ar Brownsea. Parabéns! PDG Joper PAdrão 2001-2002 Distrito 4571
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É muito importante a liderança feminina das meninas e o ensino da sororidade com as amigas! Assim conseguiremos união das mulheres contra as terríveis violências e feminicídios que infelizmente ainda imperam pelo mundo. As meninas são as líderes do futuro!
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