O Rotary está salvando mães e filhos na Nigéria

Por John Townsend, presidente do Grupo Rotary em Ação pela Saúde Reprodutiva Materno-Infantil (RMCH), e Emmanuel Lufadeju, coordenador nacional do RMCH da Nigéria 

Gift, uma jovem grávida de uma comunidade rural na Nigéria, está preocupada com o rápido inchaço em seus pés e as dores de cabeça cada vez mais frequentes. Ela está com medo de que algo possa estar errado com sua gravidez e que haja algum risco para o bebê. Pior ainda, Gift pensa sobre o que aconteceria com sua filha de três anos, caso ela morresse durante a gravidez. Como outras mulheres da comunidade morreram tragicamente de causas evitáveis durante a gestação, ela consulta sua mãe e uma parteira para obter orientação.

Quando uma mãe morre, seu recém-nascido também corre risco de vida. Em cada 30 mulheres que sofrem de complicações e requerem cuidados de saúde adicionais e caros, uma acaba morrendo. Isto é um problema crítico em um país com mais de 206 milhões de habitantes e 2,5% de crescimento anual, onde ocorrem 20% das quase 300.000 mortes maternas anuais em todo o mundo. Neste contexto, somente cerca de 12% das mulheres casadas conseguem usar contraceptivos para evitar gravidezes indesejadas, e apenas um terço tem acesso a atendimento médico de rotina.

Dr. Salawuddeen explica a imagem de um ultrassom para uma gestante no Sumaila General Hospital, na Nigéria.

Globalmente, estima-se que uma redução de 30% nas mortes maternas seria alcançada se todas as mulheres interessadas em planejamento familiar pudessem usar contraceptivos modernos para espaçar as gestações. Durante o primeiro ano após o nascimento de uma criança na Nigéria, quase 60% das mulheres querem esperar um tempo antes de engravidar novamente, mas não conseguem fazer isso, pois os suprimentos de contraceptivos frequentemente são irregulares e imprevisíveis, e muitos postos de saúde não têm funcionários qualificados. As mulheres carentes e marginalizadas enfrentam os maiores riscos.

O Grupo Rotary em Ação pela Saúde Reprodutiva Materno-Infantil (RMCH) tem ajudado a sanar esta disparidade por meio de diálogos com líderes e moradores, envolvimento com os sistemas de saúde e treinamento para trabalhadores da saúde. Felizmente, a mãe e a parteira da Gift participaram do treinamento oferecido pelo Grupo Rotary em Ação para abordar os sintomas associados à pré-eclâmpsia, garantindo que ela tivesse um parto seguro e que tanto ela quanto o neném recebessem cuidados pós-parto de qualidade. 

Nos últimos 25 anos, o Distrito 9125 (Nigéria) tem feito parcerias com o Distrito 1860 (Alemanha) e os ministérios da saúde federais e estaduais da Nigéria para garantir que as mães não morram desnecessariamente durante o parto. O Rotary está fazendo a diferença em grande escala, beneficiando 46 milhões de pessoas com treinamento a trabalhadores da saúde, educação sobre os benefícios de cuidados para saúde materno-infantil, e fornecimento de medicamentos essenciais. Para tanto, colaboramos estreitamente com a Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia da Nigéria (SOGON), a Associação Pediátrica da Nigéria (PAN), e a Associação Nacional de Enfermeiras e Parteiras Nigerianas (NANNM) na condução das nossas atividades, e com outros parceiros da sociedade civil para sustentar os resultados obtidos nacionalmente.  

O RMCH está empenhado em demonstrar o impacto e a sustentabilidade do programa de saúde materno-infantil na Nigéria e em compartilhar a experiência com outros Rotary Clubs e distritos do mundo inteiro. Não aceitaremos que outras mães como a Gift ou seus filhos morram desnecessariamente. Com o apoio dos ministérios da saúde, do setor privado e da equipe do Grupo Rotary em Ação pela Saúde Reprodutiva Materno-Infantil na Nigéria, este esforço terá um impacto significativo na saúde e vida de inúmeras famílias do maior país da África Subsaariana.

Para mais informações sobre o RMCH e como se envolver com a área de enfoque saúde materno-infantil, entre em contato com Prof. Emmanuel Lufadeju, coordenador nacional do RMCH na Nigéria, ou John Townsend, presidente do RMCH.

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