
Por Katey Halliday
Não há lugar para assédio no Rotary. As pessoas não entrarão ou permanecerão na nossa organização se forem expostas esse tipo de atitude.
Manter um ambiente livre de assédio em reuniões, eventos e atividades é uma norma do Rotary. Ela deixa claro que tal comportamento não será tolerado e estipula que todos os líderes da organização, inclusive os presidentes de clube, devem receber treinamento anual sobre os regulamentos do Rotary International referentes ao assunto.
Mas será que cabe apenas aos líderes assegurar que o Rotary seja um local livre de assédio? É claro que não. É preciso que cada um de nós crie e mantenha uma cultura que não tolere, ignore ou justifique o assédio.
1. Eduque-se
Assédio é genericamente definido como qualquer conduta, verbal ou física, que denigra, insulte ou ofenda uma pessoa ou um grupo com base em qualquer característica (idade, etnia, raça, cor, capacidade mental ou física, religião, status socioeconômico, cultura, gênero, orientação sexual ou identidade de gênero). (Código Normativo do Rotary 26.120)
Não há nada nesta definição sobre intenção. Nenhum de nós está imune a um comportamento impensado que possa ser visto como assédio. O fato de poder ter sido “apenas uma brincadeira” não é desculpa.
Não é tarefa das vítimas de assédio nos educar; nós mesmos devemos fazer isso. Quanto mais conscientes estivermos da diversidade das comunidades a que servimos, menor a probabilidade de ofendermos o próximo sem querer.
E se alguém chamar nossa atenção por algo que fizemos, não devemos ficar na defensiva, mas refletir, aprender e mudar nosso comportamento.
2. Eduque os outros
Quando ouvimos ou vemos algo que não é certo, devemos ter a coragem de fazer alguma coisa a respeito. Há muitas maneiras de ser um observador ativo, mas a chave é tomar uma atitude. Aqui estão algumas ideias:
- Interromper a conversa inapropriada mudando de assunto.
- Chamar a atenção da pessoa que fez um comentário ofensivo, enfatizando que aquilo não é aceitável.
- Dar apoio a alguém que acredita ter sido assediado. Certifique-se de que a pessoa saiba que não está sozinha, nem dramatizando a situação.
- Afrontar o comportamento da pessoa/grupo responsável, focando na atitude, e não na pessoa (dizer “você é repugnante” versus “aquela piada que você contou foi repugnante” vai provocar reações muito diferentes).
- Buscar orientação de alguém de sua confiança sobre o que fazer.
- Relatar o comportamento através dos canais apropriados.
3. Eduque seu clube
Use as reuniões do seu clube para promover uma discussão significativa sobre diversidade e inclusão em uma das áreas descritas neste post. Uma boa sugestão é pedir que uma grande empresa ou organização compartilhe suas experiências sobre a criação de um local de trabalho livre de assédio.
Esse tipo de conversa é comum em ambientes profissionais, reconhecendo não apenas os riscos de não tratar adequadamente situações de assédio, mas os benefícios de criar espaços seguros, respeitosos e inclusivos.
Você também pode fazer o curso de Como Prevenir e Lidar com Assédio, na Central de Aprendizado.
Criar um ambiente livre de assédio no Rotary é criar uma cultura de respeito e inclusão. Embora a mudança cultural possa levar tempo, ela vale a pena se quisermos garantir a sustentabilidade dos nossos clubes, assegurando que eles atraiam e mantenham uma ampla gama de associados.
Sobre a autora: Katey Halliday faz parte da primeira Força-tarefa de Diversidade, Equidade e Inclusão do Rotary International. Ela é ex-presidente e associada fundadora do Rotaract Club de Adelaide City, e integrante do Rotary Club de Adelaide Light. Também serviu como líder de equipe, coordenadora e instrutora do RYLA. Ela é dirigente de projetos e facilitadora de treinamentos no Setor de Diversidade e Inclusão da Polícia do Sul da Austrália.
Li com muito interesse o post, que vale ser lido por todos.Interessantíssimo, mesmo. Parabéns pelo texto.
CurtirCurtido por 1 pessoa
Muito bom e super apropriado sempre principalmente nos tempos de intolerância e polarização em que, infelizmente, estamos vivendo. Parabéns.
CurtirCurtir
Muito interessante o post. Li com muito carinho e recomendo a leitura para todos! A autora consegue ser objetiva sem perder a essência e importância do assunto. Parabéns!
CurtirCurtir