Uma ex-bolsista atuante

Megumi filmando

Megumi filmando

Por Megumi Nishikura, bolsista em 2006-08 no Centro Rotary pela Paz da International Christian University, no Japão

Megumi

Megumi Nishikura

Quando eu tinha seis anos de idade, meu pai japonês e minha mãe americana me levaram para conhecer o Pearl Harbor National Memorial, no Havaí. Na hora em que vi os destroços do navio de guerra USS Arizona, descobri que os dois países aos quais eu pertencia guerrearam entre si.

Eu estava no quarto ano de artes cênicas na Universidade de New York quando ocorreram os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001. Isso me motivou a fazer minha parte para o advento de um mundo mais justo e pacífico, e quando tive a oportunidade de ganhar uma Bolsa Rotary pela Paz para estudos na International Christian University, em Tóquio, não pensei duas vezes.

Minha área de concentração foi o papel da mídia na construção da paz. Uma das aulas era sobre minorias no Japão, com foco nos coreanos e povos ainu e burakumin. A marginalização e preconceito enfrentados por eles me tocou fundo. Infelizmente, é da natureza humana segregar e colocar as pessoas dentro de estereótipos baseados em diferenças superficiais que geram a mentalidade do “nós versus eles”. E acredito que privilegiar um grupo em detrimento de outro é um dos fatores que causam guerras.

Meus estudos aumentaram a compreensão que eu tinha sobre os elementos que contribuem à paz. Com os meus filmes, eu quero destacar o que nos une, e eliminar as linhas invisíveis criadas para nos separar.

Hafu

Pôster do filme Hafu

Depois de me formar, passei três anos com a cineasta Lara Perez Takagi documentando a experiência dos mestiços, que originou o filme Hafu, que conta o dia a dia deles no Japão. Para muitos, o Japão é o único lar que conhecem. Para outros, morar no país é uma descoberta. O filme foi lançado em cinco cidades grandes japonesas e mostrado na rede pública de televisão nos EUA. Foi uma satisfação saber que o filme foi discutido em várias universidades nipônicas.

Desde 2014, sou diretora de uma produtora de vídeos de Nova York. Em fevereiro de 2019, a revista Time publicou meu curta-metragem “Minidoka”, sobre a visita de um ativista americano com ascendência japonesa ao Minidoka National Historic Site, que serviu como campo de concentração na época da Segunda Guerra Mundial.

Sou muito grata pela oportunidade de ter estudado no Centro Rotary pela Paz do Japão. Quero continuar contando histórias sobre o país e a diáspora japonesa, particularmente questões relativas a paz e conflito. Dessa maneira, espero contribuir ao diálogo sobre como podemos construir um mundo mais justo.

Você gostaria de ter a mesma oportunidade que a Megumi teve? Veja como concorrer a uma das Bolsas Rotary pela Paz de 2021-22.

 

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