Por Cathy Bisaillon, presidente e CEO da Easterseals Washington, Rotary Club de Silverdale
Fotos cedidas por Steven Boe, Rotary Club de Silverdale
Apesar dos índices apontarem que há falta de mão-de-obra em nível nacional, quando disse aos meus amigos rotarianos que 70% dos deficientes estão desempregados ou têm subemprego, nós decidimos arregaçar as mangas e fazer algo a respeito. Nosso clube tem um quadro associativo diversificado e acha importante haver diversidade no ambiente profissional. Aproveitando o conhecimento que temos com o programa Parceiros do Trabalho, do Distrito 5030, organizamos uma simulação de entrevista de emprego durante a reunião do clube em 31 de janeiro deste ano.
Nos meses que antecederam o projeto, falei com organizações que ajudam pessoas com deficiências cognitivas a conseguir trabalho. Todos conheciam um ou dois candidatos que estavam prontos para trabalhar, mas que precisavam de ajuda para se conectar com empregadores em potencial. “Se eles tiverem a chance de serem chamados para uma entrevista, certamente se sairão bem”, afirmaram muitos dos rotarianos.
Preparei os associados do clube para as entrevistas simuladas, e pedi a cada um deles que se sentasse a uma mesa para entrevistar os sete candidatos que estávamos ajudando. Disse-lhes que deveriam abordar as entrevistas da mesma forma que fazem em seu dia a dia no trabalho, que repetissem perguntas e dessem tempo para os candidatos responderem. Os consultores das agências de emprego orientaram os candidatos em relação a trajes apropriados e os prepararam para perguntas específicas. Todos estavam prontos.
Os sete candidatos estavam bem vestidos e foram recebidos por rotarianos hospitaleiros. Após uns 30 minutos, o rotariano de cada mesa apresentou o candidato que entrevistou, destacando seus pontos fortes e pedindo aos líderes empresariais da sala que considerassem contratá-los. Os candidatos deixaram a sala com a confiança renovada, um certificado de participação e uma lista das suas qualidades. Dias depois, os rotarianos enviaram a eles um relatório com feedback construtivo e palavras de encorajamento.
Os benefícios deste dia especial foram muitos. Sete adultos com dificuldades de conseguir emprego foram valorizados e tratados com o devido respeito, saindo do local com cartões de visita e a valiosa experiência de saber lidar com entrevistas. Pelo menos um deles conseguiu marcar entrevista na empresa de um rotariano. O que não estávamos esperando era o efeito que a iniciativa teria nos associados do nosso clube. Alguns comentários deles: “Minha mente se abriu para os desafios enfrentados por pessoas com deficiência”, ou “Este foi um evento muito envolvente e gratificante, e espero que seja repetido mais vezes”.
Desde janeiro, apresentamos este modelo de iniciativa a outros clubes, e o nosso realizará outro dia de entrevistas simuladas nos próximos meses.
Se você quiser saber mais detalhes, inclusive como dar início a um projeto do gênero, é só enviar uma mensagem para cathyb@wa.easterseals.com.