Rüdiger Niemz. 4 de junho de 2019, Hamburgo, Alemanha.

Rüdiger Niemz, do Rotary Club de Mondseeland, na Áustria, conforme relato concedido a Diana Schoberg. Fotos: Monika Lozinska

“Quando fui convidado para entrar no Rotary, em vez de fazer uma apresentação falando da minha profissão, como todos costumam fazer, preferi realizar uma sessão de degustação de uísque.”

Meu interesse por uísque surgiu durante uma viagem que fiz para cobrir experiências de algumas pessoas em outros países. Voltávamos muito tarde das filmagens e a edição do material se estendia por horas, muitas vezes em bares. Assim, era comum começarmos a conversar enquanto tomávamos uísque. Você não bebe uísque para ficar bêbado, mas, sim, por que é um estilo de vida.

Conheci muitos lugares e uísques diferentes, e depois de um tempo fui convidado para fazer degustações. Fiz mestrado em ciência da alimentação e pesquisei muito sobre a história e a sociologia das bebidas e da comida. Cada uísque tem uma história para contar, assim como cada queijo.

A vida é muito interessante e não podemos nos limitar. Os jornalistas olham além do horizonte, procurando desvendar o que está escondido. Estamos sempre em busca de novas ideias e perspectivas. Eu também tenho mestrado em filosofia, e posso dizer que os filósofos são muito parecidos com os jornalistas: ambos são eternos curiosos desta coisa chamada vida.

Uma coisa muito interessante no Rotary é a possiblidade que temos de sempre conhecer pessoas incríveis, que possuem históricos e experiências diversas. É algo realmente muito interessante.

Gosto de ter uma visão ampla de mundo. Nestes tempos em que as pessoas estão ficando mais restritas a si mesmas, à sua região e nacionalidade – onde estamos ficando mais impiedosos no trato com o semelhante e nas relações políticas – o Rotary é uma alternativa preciosa.”