Por Edwin Velarde, ex-presidente do Rotary Club de Westlake Village, Califórnia, EUA
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 422 milhões de adultos têm diabetes e mais de 3,8 milhões de mortes são atribuídas a esta doença e glicemia alta. Diabetes é a principal causa de insuficiência renal, aumento do risco de doença cardíaca, cegueira entre adultos em idade de trabalho e amputações não traumáticas. Cerca de 95% das pessoas com diabetes têm o tipo 2 (quando o corpo não usa a insulina produzida naturalmente de forma eficaz), o que, em muitos casos, pode ser evitado e revertido.
Considerando o nosso trabalho para erradicar a pólio, fornecer água limpa e desenvolver economias, fica evidente que o mundo precisa dos rotarianos. Nossos associados podem ser exemplos de liderança na prevenção e controle do diabetes. A história mostra que o Rotary pode unir líderes comunitários, especialistas em atendimento médico e saúde pública, organizações privadas, governos e tudo o que for necessário para combater doenças e ajudar aqueles que sofrem. Os rotarianos têm o coração e as habilidades necessárias para ajudar a combater a epidemia global do diabetes.
Eu sou membro da diretoria do Grupo Rotarianos em Ação pela Prevenção do Diabetes, uma organização que visa inspirar rotarianos a entrarem em ação e apoiarem clubes e distritos em projetos relacionados ao diabetes. Também sirvo como diretor de relações públicas da divisão dos EUA/Canadá do Grupo de Companheirismo de Ciclismo, cujos membros são inspirados a usar esta atividade e esporte para fazer o bem no mundo.
Aos 29 anos, fui diagnosticado com diabetes tipo 1. Durante décadas, lutei para manter um nível normal de açúcar no sangue e sofri com os efeitos da minha condição, para a qual não há cura. O diabetes tipo 1 é um distúrbio autoimune que inibe a produção natural de insulina – hormônio-chave para metabolizar os nutrientes e produzir energia.
Há alguns anos, ganhei uma bicicleta do meu amigo Tom, o qual me desafiou a praticar o ciclismo. Mal sabia eu que aceitar o desafio seria um momento decisivo para a minha saúde. Foi muito difícil no começo, mas eu não desisti e comecei a pesquisar a minha condição com diligência e disciplina.
Desde então, aumentei minhas atividades ciclísticas e criei um programa de nutrição que me ajudou a evitar milhares de doses de insulina e manter a energia necessária para fazer ciclismo de longa distância.
Hoje, dedico minha vida a aumentar a conscientização sobre a epidemia global do diabetes. Estou arrecadando fundos para que o Grupo Rotarianos em Ação pela Prevenção de Diabetes continue atuando nesta área da saúde pública mundial. Estou me preparando para minha 3ª Jornada Épica a uma Convenção do Rotary International: em 2016, fui de Busan para Seul, na Coreia do Sul, e em 2017 de Chicago para Atlanta, nos EUA.
Em 2018, minha Jornada Épica Contra o Diabetes começará na Sede Mundial do Rotary International, em Evanston, EUA, e terminará na Convenção do Rotary International em Toronto, Canadá. Espero me conectar e falar com rotarianos, Rotary Clubs e comunidades no meu percurso para aumentar a conscientização sobre o diabetes e conhecer outros ciclistas na jornada.
A divisão dos EUA/Canadá do Grupo de Companheirismo de Ciclismo e outros rotarianos e amigos se juntarão a mim para o percurso final, que será das Cataratas do Niágara até o Metro Toronto Convention Centre. Veja os mapas interativos, rota e eventos da Jornada Épica Contra o Diabetes e participe desta aventura!
*Edwin Velarde, além de ex-presidente do Rotary Club de Westlake Village, é também membro do conselho diretor do Grupo Rotarianos em Ação pela Prevenção de Diabetes e diretor de relações públicas da divisão dos EUA/Canadá do Grupo de Companheirismo de Ciclismo.